Como aumentar a produção utilizando ferramenta para Monitoramento da Performance Fabril
O uso de ferramenta de Monitoramento da Performance Fabril trará os seguintes resultados à sua empresa:
- Redução do tempo de máquinas paradas,
- Aumento da velocidade média de trabalho,
- Melhoria da qualidade dos produtos,
- Aumento da produção utilizando os mesmos recursos,
- Redução do custo unitário de produção,
- Aumento da margem de lucro,
- Redução do lead-time e
- Maior agilidade na gestão da produção.
Estes benefícios são proporcionados basicamente pelos seguintes motivos:
- Menor tempo de resposta à perdas de produção permitindo tomar ações de bloqueio enquanto os problemas, as perdas e os custos envolvidos ainda são pequenos, evitando que as perdas sejam maiores e, consequentemente, contribuindo para uma produção maior no final do período.
- Identificação das principais perdas de produção, proporcionando empregar esforço na solução dos problemas que realmente são relevantes. 80% de suas perdas de produção são causadas por 20% dos problemas ocorridos.
- Identificação das perdas de produção que podem ser eliminadas à um custo mínimo, melhorando os indicadores de forma mais rápida.
- Gestão da produção através do OEE - Overall Equipment Effectiveness - indicador de performance fabril utilizado globalmente, facilitando o entendimento da real situação por todos os envolvidos e mostrando todas as perdas de produção e oportunidades de melhoria.
As grandes perdas da Produção
Existem várias razões que impedem um recurso de operar com boa performance. Fazendo uma análise mais profunda pode-se constatar que estas razões podem ser classificadas nos grupos descritos abaixo.
Primeira grande perda: Paradas por Falhas
É quando não está tendo saída do equipamento devido algum problema técnico, tal como uma quebra do equipamento.
Segunda grande perda: Ociosidade
É quando não está tendo saída do equipamento porque está aguardando ou esperando por algo para poder produzir.
Terceira grande perda: Setup e Ajustes
É quando não está tendo saída do equipamento devido a troca de produto a ser fabricado.
Quarta grande perda: Micro paradas
São pequenas paradas que ocorrem durante a produção e que normalmente não são apontadas nos sistemas de apontamento da empresa e estão sendo contabilizados como tempo produzido.
Quinta grande perda: Velocidade Reduzida
É quando o equipamento está operando em uma velocidade menor que a velocidade especificada para o produto.
Sexta e Sétima grandes perdas: Refugos de Start-up e de Produção
Estas duas perdas dizem respeito ao aspecto da qualidade, e o que diferencia uma da outra é que uma ocorre enquanto está inicializando o equipamento para começar a produzir e a outra ocorre durante a produção.
Identificar estas perdas de produção e bloquear as causas raízes, é a maneira mais rápida e direta de se aumentar a produção e a lucratividade da empresa.
Como aumentar a produção reduzindo suas perdas de produção?
20% dos problemas de produção são responsáveis por 80% das perdas de produção ocorridas num período. Sendo assim, se bloquearmos as causas raízes destes problemas, estaremos investindo nossos esforços em algo que proporcionará um grande retorno.
E qual a dificuldade das empresas? Saber, justamente, quais são estes problemas que geram os 80% das perdas.
As empresas que possuem excelência operacional combatem as causas raízes constantemente. Estas empresas implantaram um processo de melhoria contínua que monitora as perdas, identificam os problemas e combatem as causas raízes, continuamente.
Por outro lado, muitas empresas investem grandes quantias de tempo e dinheiro na solução de problemas que são responsáveis por uma parcela pequena no montante total das perdas, desperdiçando tempo e dinheiro.
Menor tempo de resposta às ocorrências do chão de fábrica
A melhor maneira de se reduzir uma perda de produção é evitar que ela ocorra, mas uma vez que ocorreu, a melhor maneira de reduzi-la é fazer com que dure o menor tempo possível. E para isto é necessário dar respostas rápidas aos problemas do chão de fábrica.
Uma ferramenta de monitoramento das máquinas proporcionará visualizar a situação e a performance das máquinas em tempo real, proporcionando que gestores identifiquem rapidamente as perdas e tomem as ações necessárias.
Estas ferramentas emitem alertas aos responsáveis reduzindo o tempo de reconhecimento do problema e da tomada de ação corretiva. Alguns exemplos de situação alertadas pelo sistema:
- Tempo de parada ultrapassou determinado limite,
- Tempo ciclo dos últimos ciclos foram abaixo do tempo ciclo padrão,
- Ocorrência de refugos.
Redução das perdas de produção geradas por paradas
Sendo normalmente a principal perda de produção, o tempo de máquina parada compromete o programa de produção, a lucratividade e a competitividade da empresa, afetando a satisfação do cliente, quando provoca atrasos na entrega.
Normalmente as empresas já consideram em seu custo, que seus recursos não trabalham 100% do tempo, definindo uma eficiência média para os equipamentos. Porém, quando não alcançam este valor, o custo de produção fica acima do planejado e a lucratividade da empresa é comprometida. Além da questão financeira, irá atrasar o programa de produção, gerando a necessidade de se realizar horas-extras, que aumenta novamente o custo, ou irá gerar atraso na entrega, que afetará a satisfação do cliente.
Portanto, a supervisão constante do tempo de máquina parada é fundamental para que a produção alcance os resultados definidos pela direção da empresa.
Estas ferramentas monitoram em tempo real, através de sensores, a atividade da máquina, identificando se a mesma está produzindo ou parada, e permitindo que o operador justifique o motivo da parada.
Redução das perdas de produção geradas por tempo ciclo baixo
As perdas de produção geradas por trabalhar em uma velocidade inferior à velocidade padrão do produto, são perdas silenciosas, que só se identificam no final do período de trabalho, turno, dia e em alguns casos no final da semana ou do mês.
A supervisão contínua da velocidade de produção é fundamental para se alcançar o programa de produção definido pela empresa.
Através de sensores, os sistemas de monitoramento medem o tempo ciclo real de produção de sua máquina, apresentando os últimos ciclos da máquina e a produção horária, das últimas 24 horas.
Esta informação proporcionará que supervisores de produção e gestores tomem ações corrigindo a rota e evitando perdas maiores no final do período.
Redução das perdas de produção geradas por baixa qualidade
O outro grupo de perdas importante é o que diz respeito à qualidade, já que nem todo item produzido atende às especificações técnicas.
Uma taxa de refugo acima do que a empresa considerou em seus custos, também afetará a lucratividade da empresa, portanto controlar o índice de refugos é igualmente importante para se alcançar os resultados desejados pela empresa.
As ferramentas de monitoramento permitem que o operador lance os refugos e os motivos pelos quais os itens foram refugados.
OEE – Overall Equipment Efectiveness
OEE foi primeiramente definido por Seiichi Nakajima, o pai da Manutenção Produtiva Total (MPT), descrevendo como uma das medidas fundamentais para se avaliar a performance fabril. No início o OEE era muito associado à programas de Manutenção Produtiva Total, mas hoje ele é visto como uma poderosa ferramenta para melhoria dos indicadores de performance fabril.
O OEE nos diz, de forma simples, quantos itens bons foram produzidos, comparado com a quantidade de itens bons que o equipamento poderia produzir no mesmo período de tempo, e onde estão as perdas de produção.
O uso do OEE permite uma visão muito mais clara das perdas de produção e das oportunidades de melhorias.
Apesar dos grandes investimentos em sistemas de planejamento da produção e em automações, as fábricas ainda possuem uma performance global ruim e os gestores não possuem uma visão segura de quais são e onde estão as perdas de produção.
Há várias maneiras de se aumentar o OEE de uma manufatura. Algumas destas requerem grandes investimentos de tempo e dinheiro, porém outras podem ser alcançadas à um custo mínimo. O uso do OEE permite aos gestores avaliar as oportunidade de melhoria e escolherem aquelas que proporcionam um retorno mais rápido.
Medir o tempo de máquina parada não é o suficiente!
Muitas empresas utilizam o tempo de máquina parada como indicador de performance do equipamento.
O uso do OEE revelará, de forma rápida, que há outras formas de perdas. O tempo de máquina parada não mostra as perdas ocorridas por trabalhar em velocidade reduzida e por pequenas paradas, bem como as perdas provocadas em função da sensibilidade do equipamento na produção de determinados produtos. Alguns produtos, quando produzidos em determinadas máquinas, apresentam mais paradas e uma quantidade maior de peças defeituosas. Ou para encontrar as especificações técnicas, é necessário trabalhar em uma velocidade menor.
O OEE captura todos estes aspectos e garante que nenhuma oportunidade de melhoria seja desconsiderada, proporcionando que os gestores analisem todas as perdas e elaborem planos apropriados para combater cada uma das perdas.
Conclusão
As perdas de produção representam uma fábrica escondida dentro da fábrica.
O mundo todo está ofertando seus produtos no Brasil e a concorrência para as indústrias nacionais nunca foi tão forte como nos dias atuais, e para conseguir competir neste mercado as empresas não poderão continuar convivendo com sua fábrica escondida. Faz-se necessário reduzir as perdas para se manter competitiva e lucrativa.
Portanto, o uso de uma ferramenta que monitore a atividade das máquinas, apresente as perdas de produção e os indicadores de performance, tudo em tempo real, aliadas à metodologias de solução de problemas, são essenciais para que as empresas consigam aumentar ou manter sua competitividade.